ESTUDO BIBLIOMÉTRICO SOBRE A LITERATURA RELACIONADA À COVID-19 EM MOÇAMBIQUE DURANTE O ESTADO DE EMERGÊNCIA E CALAMIDADE PÚBLICA

Com a eclosão da Covid-19, Moçambique, como um representante da África Austral, teve sua própria trajectória na produção científica relacionada à doença pandêmica. Estudos anteriores já apontavam para o crescimento de produções científicas em nações africanas (Confraria & Godinho, 2015), e a COVID-19 veio solidificar esse crescimento. Estudo revela que Moçambique apresentou o maior número de documentos académicos sobre o tema, seguido pelos Estados Unidos (EUA), Kosovo, África do Sul, Canadá, Austrália, Portugal e outros países. 

Os países envolvidos no estudo da COVID-19 em Moçambique são parcialmente os principais parceiros comerciais (Ministry of Industry and Commerce, 2016) e talvez locais onde existem estudantes moçambicanos de pós-graduação internacional que estão a escrever sobre a pandemia no seu país natal. Alguns estudos envolveram vários países, incluindo Moçambique (Brooke et al., 2020; Cortesi et al., 2022; Meta et al., 2021). Muitas publicações eram provenientes da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), do Instituto Nacional de Saúde (INS) e da Universidade Lúrio, de Moçambique, e de instituições estrangeiras como a Universidade Sul-Africana de Witwatersrand, entre outras. Existiram também publicações do Instituto Superior Moçambicano de Ciências e Educação a Distância (ISCED), agora Universidade Aberta ISCED (UnISCED).

Em 24 de Julho de 2022, Moçambique tinha 114 publicações académicas sobre COVID-19 indexadas no Dimensions. As publicações começaram em Abril de 2020 e nunca cessaram. O mês de início coincide com o período logo após o primeiro caso, a 22 de Março de 2020 (Buanango & de Oliveira, 2020; Catsossa, 2020; Mastala et al., 2020; Mulhaisse et al., 2020; Sumbana et al., 2020), e a declaração do Presidente do Estado de Emergência (Nyusi, 2020b). Devido aos meios de comunicação social internacionais, a COVID-19 já era bem conhecida em Moçambique, e havia pânico à medida que a doença se aproximava, entrando no continente a 14 de Fevereiro de 2020 através do Egipto (Buanango & de Oliveira, 2020; Giordani et al., 2021; Sumbana et al., 2020) e na África subsaariana através da Nigéria a 27 de Fevereiro (Catsossa, 2020; Mulhaisse et al., 2020; Sumbana et al., 2020), e chegando à vizinha África do Sul no início de Março de 2020 (Sumbana et al., 2020). 

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