A Permanência Profissional na Universidade Aberta ISCED (UnISCED) em Moçambique: Um Estudo Sobre Influência da Perceção do Suporte Organizacional, Satisfação no Trabalho, Retenção Laboral
A pesquisa aborda a permanência profissional na Universidade Aberta ISCED (UnISCED) em Moçambique, com foco na influência da percepção do suporte organizacional, satisfação no trabalho e retenção laboral. A gestão de talento, considerada uma função moderna da Gestão de Recursos Humanos (GRH), é essencial para promover a produtividade e a competitividade organizacional. A literatura destaca que a retenção de funcionários de alto desempenho continua a ser um desafio, com implicações diretas na liderança e no ambiente de trabalho.
O estudo, com base numa análise empírica realizada com trabalhadores moçambicanos, explora como o suporte organizacional (definido como as percepções do trabalhador sobre o tratamento recebido pela organização) e a satisfação no trabalho influenciam a decisão de permanência ou saída da organização. Os resultados confirmam que a percepção positiva do suporte organizacional e a satisfação no trabalho têm impacto directo na retenção de talentos, sugerindo que um indivíduo satisfeito e que se sente valorizado tende a permanecer na organização.
Além disso, o estudo destaca que, para garantir a permanência profissional, as organizações devem ir além da simples retenção de talentos, promovendo vínculos significativos com os colaboradores e criando um ambiente que os incentive a escolher a organização como o seu local de trabalho de longo prazo.
Por fim, a pesquisa sugere que, num contexto globalizado e competitivo, as organizações devem investir no desenvolvimento e retenção de talentos como uma estratégia essencial para alcançar vantagem competitiva. A UnISCED, uma instituição de ensino superior recente em Moçambique, está inserida neste cenário de desafios, e este estudo contribui para o entendimento da gestão de talento no sector educacional, fornecendo informações valiosas para gestores e partes interessadas no aprimoramento da GRH.
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O valor do colaborador na organização: Suporte pós-isolamento
O artigo “A realização do trabalhador é ser valorizado pela organização!” examina a importância do apoio da organização para a satisfação e realização dos trabalhadores em ambientes após o isolamento social. Co-autorado por Stefan Mussa, colaborador da Universidade Aberta ISCED (UniSCED), o estudo utiliza a “Escala de Percepção de Suporte Organizacional (EPSO)”, desenvolvida para medir o grau em que os trabalhadores sentem que as suas organizações os apoiam e valorizam. A pesquisa buscou avaliar os efeitos da valorização organizacional sobre o bem-estar e desempenho dos colaboradores em organizações brasileiras, num momento em que a saúde mental e o suporte organizacional se intensificaram devido ao impacto da pandemia de COVID-19.
Desde a Revolução Industrial, o ambiente de trabalho e a forma como as organizações se relacionam com os seus colaboradores têm evoluído consideravelmente (Perello-Marin & Marin-Garcia; Marcos-Cuevas, 2013; Tachizawa, 2015). Com a pandemia de COVID-19, tornou-se ainda mais evidente que o relacionamento entre organização e trabalhador deve transcender as demandas técnicas e materiais, integrando elementos de apoio emocional e reconhecimento da importância do colaborador no contexto organizacional (Habtoor, 2016; Rohm & Lopes, 2015). Neste estudo, os autores argumentam que a valorização do trabalhador é central para o seu empenho e motivação, especialmente em contextos de crise social e económica.
Durante a discussão, os resultados indicaram que os trabalhadores que percebem alto suporte organizacional manifestam menor intenção de rotatividade e maior capital psicológico positivo, o que confirma a importância do suporte percebido na retenção de talentos e no fortalecimento do comprometimento. Segundo Kurtessis et al. (2015), a percepção de suporte por parte do trabalhador está directamente ligada ao esforço adicional que este emprega para atingir os objectivos organizacionais, reflectindo um vínculo afectivo positivo. O estudo também identificou que a faixa etária mais jovem apresentou uma percepção mais elevada de suporte organizacional, o que pode estar relacionado à maior adaptabilidade e idealização em início de carreira .
Para validar a EPSO no contexto brasileiro, os autores realizaram análises factoriais exploratórias e confirmatórias, com resultados que sustentam a adequação da escala para medir o suporte organizacional. A análise de componentes principais indicou um factor dominante que explica 58,93% da variação, e o modelo ajustado apresentou índices de ajuste (CFI = 0,99, RMSEA = 0,03), confirmando a estrutura unifatorial da escala (Hair et al., 2005; Marôco, 2010) . Esta validação psicométrica fornece uma base robusta para o uso da EPSO como instrumento de diagnóstico nas organizações, possibilitando intervenções específicas que visem aumentar a satisfação dos trabalhadores e reduzir a rotatividade.
Por fim, este estudo contribui para a literatura ao validar a EPSO no Brasil, destacando a importância do suporte organizacional para o bem-estar e desempenho dos trabalhadores. As implicações práticas sugerem que organizações que promovem um ambiente de apoio e valorização têm maior capacidade de reter talentos e optimizar o desempenho dos colaboradores, particularmente em tempos de incerteza. A aplicação de ferramentas como a EPSO é essencial para gestores que desejam fomentar uma cultura organizacional que priorize o desenvolvimento humano e o compromisso com os profissionais.
A relevância deste estudo reside, portanto, em oferecer uma ferramenta confiável para medir o suporte organizacional e promover estratégias que garantam um ambiente de trabalho saudável, engajado e produtivo.
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Marketing Educacional nas Instituições de Ensino Superior em Moçambique
O artigo “Marketing Educacional nas Instituições de Ensino Superior em Moçambique“, de Valentim Manuel e Suale Amade, ambos colaboradores da Universidade Aberta ISCED (UnISCED), aborda como as instituições de ensino superior (IES) utilizam estratégias de marketing educacional para captar estudantes e fortalecer a sua posição num mercado competitivo. Com o aumento significativo na oferta de IES no país, o estudo investiga as ferramentas e práticas de comunicação empregues pelas instituições e propõe melhorias para atrair mais estudantes e optimizar a eficiência organizacional.
A Relevância do Marketing Educacional
A globalização e o avanço das tecnologias de informação e comunicação (TIC) provocaram mudanças profundas no cenário educacional em Moçambique. A crescente concorrência entre as IES exige uma gestão mais eficiente e focada em estratégias de marketing para atrair e reter estudantes. Neste novo contexto, o marketing educacional surge como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento institucional, indo além das actividades promocionais tradicionais. Envolve pesquisa de mercado, segmentação de público e criação de propostas de valor que atendam às expectativas dos estudantes, fortalecendo o relacionamento institucional a longo prazo.
Objectivos do Estudo
O estudo tem como principal objectivo analisar as acções de comunicação nas IES e compreender como os gestores utilizam ferramentas de propaganda e promoção para captar alunos. O trabalho visa propor directrizes para o desenvolvimento de políticas de comunicação mais eficazes em Moçambique. Especificamente, busca-se:
Identificar tendências nas políticas de comunicação institucional nas IES.
Verificar o uso de ferramentas de promoção por gestores de IES privadas.
O Conceito de Marketing Educacional
A literatura sobre marketing educacional destaca a sua importância na gestão das IES, posicionando-o como um processo que visa compreender as necessidades educacionais da sociedade para desenvolver programas adequados. O estudo apoia-se em autores como Manes (1997), que define o marketing educacional como a aplicação de princípios de marketing à educação, e Carvalho & Berbel (2001), que ampliam essa definição, incluindo estratégias de pesquisa, segmentação e posicionamento.
Práticas de Marketing nas IES
Apesar de reconhecerem a importância do marketing, muitas IES moçambicanas ainda carecem de estratégias de marketing educacional estruturadas. A utilização de canais como atendimento telefónico, websites e e-mails é comum, mas insuficiente, especialmente quando comparada com práticas globais que incluem o uso extensivo de redes sociais e marketing digital. A pesquisa também identificou uma dependência excessiva de métodos tradicionais, como telemarketing e anúncios em jornais, que são menos eficazes na atracção de estudantes jovens.
Recomendações e Propostas de Melhoria
Desenvolvimento de Planos de Marketing: As IES devem criar planos de marketing alinhados com as suas realidades e com as demandas do mercado.
Inovação e Criatividade: As instituições devem incorporar mais inovação, utilizando ferramentas digitais e criando conteúdos personalizados.
Treinamento de Gestores de Marketing: Capacitar os gestores para que compreendam melhor as estratégias de marketing educacional.
Integração de Acções de Comunicação: Adoptar uma abordagem integrada de comunicação, utilizando múltiplos canais para alcançar o público-alvo de forma eficaz.
O Futuro do Marketing Educacional em Moçambique
O marketing educacional em Moçambique ainda está em desenvolvimento, apresentando grandes oportunidades de modernização e crescimento. A implementação de estratégias eficazes e a adaptação às novas tecnologias serão cruciais para que as IES moçambicanas se destaquem num cenário educacional cada vez mais competitivo e globalizado. O sucesso dessas instituições dependerá da sua capacidade de inovar e de adoptar uma abordagem estratégica no marketing educacional.
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Inteligência Artificial no ensino superior: Solução ou martírio?
Em uma comunicação publicada na revista FT, os colaboradores da Universidade Aberta ISCED (UnISCED) escreveram sobre os “NOVOS PARADIGMAS AOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR COM O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PELOS ESTUDANTES, O CASO DO CHATGPT”.
Chitsumba, Romhngwe e Cazança (2024) explicam que “a inteligência artificial (IA) é um campo de estudo que busca emular a inteligência humana através de máquinas”. Neste contexto, eles recorrem a autores como John McCarthy, considerado como um dos pioneiros da IA, para explicar que ela pode ser definida como “a ciência e engenharia de fazer máquinas inteligentes” (McCarthy et al., 1955, citado por Chitsumba, Romhngwe e Cazança, 2024), inclui habilidades como aprendizado, percepção e raciocínio.
Na percepção de Russell e Norvig (2010) a Inteligência Artificial (IA) é o estudo de agentes que recebem percepções do ambiente e realizam acções. Destacam, no entanto, o aspecto da autonomia e da capacidade de tomar decisões baseadas em dados sensoriais.
A IA pode estar associada em diferentes aplicativos da web, dependendo do objectivo pelo qual foi estabelecido, como o ChatGPT (Generative Pretrained Transformer) que é um modelo de linguagem com base na IA. Foi desenvolvido pela OpenAI, que recorre ao aprendizado profundo para gerar texto. Ou seja, o ChatGPT é um método de pré-treinamento para modelos de linguagem que permite a geração de texto coerente e contextualmente relevante (Radford et al., 2018, citado por Chitsumba, Romhngwe & Cazança, 2024).
A sua concepção foi com base numa variedade de fontes de texto da internet, o que lhe permitiu realizar muitas tarefas direccionadas à linguagem, responder perguntas, traduzir idiomas e criar conteúdo textual (Chitsumba, Romhngwe & Cazança, 2024).
Os autores abordaram o tema como uma transformação da educação com a adopção de tecnologias de inteligência artificial e como o ChatGPT está a impactar a experiência de aprendizagem.
A pesquisa explorou a forma como o uso do ChapGPT afecta as competências dos docentes. Com este novo paradigma, urge a necessidade de adaptação, uso eficaz da tecnologia e a capacidade de lidar com desafios e discutir como o ChatGPT influencia o processo de ensino e aprendizagem. Essa influência envolve factores como a personalização do conteúdo, feedback automático e o engajamento dos estudantes.
Durante a sua pesquisa, Chitsumba, Romhngwe e Cazança (2024) perceberam que a IA, com maior destaque para o ChatGPT, está a transformar o campo educacional, onde os professores/docentes são chamados a adaptar-se as oportunidades e enfrentar os desafios trazidos pela tecnologia.
Eles esclarecem que o ChatGPT não substitui o papel do professor, porque ela não é capaz de realizar actividades como desenvolver a criatividade, aprendizagem socioemocional, mediar conflitos, entre outras que requerem a presença humana. Os autores acrescentam que o ChatGPT deve ser uma ferramenta complementar que, se for utilizada de forma adequada, pode ser crucial para o processo de ensino e aprendizagem. Mas há riscos e limitações da IA na educação, “possibilidade de plágio e dependência”.
Este resumo co-autorado por colaborador da UnISCED versa sobre o “m-learning como modalidade de ensino à distância em Moçambique”, com foco no uso das tecnologias a bem da educação e no desenvolvimento sócio-histórico do m-learning em Moçambique, neste contexto do ensino à distância, tipo de ensino oferecido pela Universidade Aberta ISCED (UnISCED).
Manuel, Comiche e Gonçalves (2024) relatam que o m-learning surgiu no início dos anos 2000, quando se registou a popularização dos dispositivos móveis, mas o seu uso para fins educacionais é ainda mais recente. Foi impulsionado pela evolução da tecnologia móvel e popularização dos smartphones, para complementar a educação tradicional através do ensino remoto recorrendo a dispositivos como smartphones, tablets, laptops, entre outros.
Para Crompton (2013, citado por Manuel, Comiche e Gonçalves, 2024) o m-learning é aprendizagem em múltiplos contextos, através de interações sociais e de conteúdo, usando dispositivos electrónicos pessoais, possibilitando os estudantes de aceder os conteúdos educacionais em qualquer lugar, a qualquer hora usando dispositivos móveis.
Através de ferramentas de comunicação como fóruns de discussão, chats, e-mails e vídeos os estudantes podem interagir com os professores e colegas remotamente, o que pode de certa forma criar um ambiente de aprendizagem colaborativo e interativo.
O estudo de Manuel, Comiche e Gonçalves (2024) analisa a aplicação do m-learning nas instituições de ensino superior (IES), destacando tanto as suas vantagens como as desvantagens. O m-learning, entendido como o uso de dispositivos móveis para facilitar a aprendizagem, tem ganhado destaque nas IES devido à sua flexibilidade e potencial para personalizar o ritmo de estudo dos alunos. Entre as vantagens, salientam-se a possibilidade de acesso a conteúdos de forma flexível e a criação de ambientes de aprendizagem mais dinâmicos. No entanto, o m-learning enfrenta desafios significativos, como a dependência de infraestrutura tecnológica e a necessidade de uma supervisão eficaz para evitar distracções e garantir a realização das actividades propostas pelos docentes.
Em Moçambique, a pandemia de COVID-19 acelerou a transformação dos métodos de ensino, impulsionando o uso do ensino à distância (EaD) e destacando o m-learning como uma potencial solução para os desafios de infraestrutura tecnológica. Contudo, a implementação do m-learning nas IES privadas moçambicanas ainda enfrenta barreiras, especialmente relacionadas com a qualidade e eficácia das estratégias educativas, bem como a falta de controle adequado para assegurar a qualidade do ensino. Assim, embora o m-learning ofereça uma alternativa promissora para melhorar o acesso à educação superior no país, a sua adopção plena requer investimentos significativos em tecnologia e suporte pedagógico.
Ensino a distância e o m-learning
Nesta categoria, foi realizada uma análise detalhada das percepções dos estudantes e docentes sobre o ensino à distância e o m-learning, essencial para avaliar a eficácia e a qualidade dessas modalidades. Para Manuel, Comiche e Gonçalves (2024) tanto os estudantes quanto os docentes consideram que o ensino à distância e o m-learning oferecem maior flexibilidade em comparação ao ensino presencial, permitindo uma melhor gestão do tempo e das responsabilidades. A portabilidade dos dispositivos móveis possibilita que os estudantes acessem materiais de estudo a qualquer momento, promovendo uma educação mais adaptável às necessidades individuais (Fonseca, 2013, Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024).
Os docentes, no entanto, reconhecem a grande responsabilidade na elaboração de conteúdos adequados para essas modalidades de ensino. Como apontado por Fonseca (2013, citado por Germano, Comiche & Gonçalves, 2024), a tecnologia e o m-learning são facilitadores, mas não substituem o papel do professor, que deve cuidadosamente associar as actividades aos recursos tecnológicos disponíveis. Apesar da interactividade ser vista como uma vantagem, os autores notaram uma divisão de opiniões: alguns estudantes e docentes sentem falta da interação pessoal do ensino presencial, enquanto outros valorizam as ferramentas online que podem enriquecer a experiência educativa. Moscardini et al. (2013) alertam que a ausência ou superficialidade das interações no m-learning pode comprometer a qualidade do aprendizado.
A pesquisa conclui que, no contexto moçambicano, tanto docentes quanto estudantes veem o m-learning como uma solução necessária para ampliar o alcance da educação superior, embora a falta de infraestrutura tecnológica ainda seja um obstáculo significativo. De acordo com Mhlanga e Moloi (2021, citados por Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024), o m-learning tem o potencial de superar essas barreiras, especialmente em países em desenvolvimento. Contudo, o uso eficaz do m-learning depende de melhorias tecnológicas e da capacitação tanto de estudantes quanto de docentes (Kukulska-Hulme, 2021, citado por Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024).
O uso de tecnologias no ensino superior
O uso de tecnologias no ensino superior tornou-se uma questão central, especialmente com a pandemia de COVID-19, que impulsionou a adopção de cursos online (Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024 ). Plataformas como Moodle, Microsoft Teams e Blackboard são amplamente usadas para facilitar a comunicação e disponibilizar materiais de estudo. No entanto, é fundamental que essas ferramentas estejam alinhadas aos objectivos pedagógicos e às competências dos utilizadores (Albion et al., 2013, citados por Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024).
Os docentes reconhecem que essas plataformas permitem a criação de ambientes de aprendizagem virtuais mais interativos e personalizados, enquanto os estudantes apreciam os recursos multimedia que tornam o conteúdo mais acessível e envolvente. No entanto, desafios técnicos, como problemas de conexão à internet e dificuldades na navegação pelas plataformas, continuam a ser barreiras importantes, conforme apontado por Santaella (2013, citado por Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024), que defende a aprendizagem ubíqua como um complemento valioso ao ensino formal.
Vantagens e desvantagens da implementação do m-learning nas IES privadas em Moçambique
O m-learning apresenta vantagens, como a facilidade de acesso a conteúdos em qualquer lugar e a qualquer hora, e a interatividade aumentada, conforme destacam Sung et al. (2016, citados em Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024 ) e Pimmer et al. (2019, citados em Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024). Contudo, também há desvantagens, como problemas de conexão à internet, distrações causadas por outros aplicativos, e a necessidade de formação adequada para a utilização eficaz dessas tecnologias.
Os estudantes identificam a dificuldade de acesso à internet e a dispositivos móveis adequados como as principais barreiras para a adopção do m-learning. No entanto, veem essa modalidade como financeiramente mais acessível do que outras formas de ensino à distância. Recomenda-se que as IES privadas invistam em formação para docentes e estudantes e melhorem a infraestrutura tecnológica, além de buscar parcerias com operadoras de telefonia para facilitar o acesso à internet.
Conclusões
O estudo demonstra que o m-learning pode ser uma alternativa viável para superar a falta de tecnologia no ensino à distância em Moçambique, contribuindo para a democratização do acesso à educação. A flexibilidade e a personalização do processo de aprendizagem são vantagens importantes, mas o sucesso do m-learning depende de investimentos em infraestrutura, formação docente, e parcerias estratégicas. Estudos futuros devem explorar práticas recomendadas para a implementação bem-sucedida do m-learning e os desafios enfrentados pelos estudantes nas IES moçambicanas.
Este ensaio intitulado “Implicações Éticas e Ramificações no Caso de Truong My Lan: Um Mergulho Profundo sobre a Maior Fraude Financeira do Vietnam” é da autoria de Cambaza (2024) e nele é estudado um dos maiores casos de fraude financeira no Vietnam.
O caso de Truong My Lan, presidente da Van Thinh Phat Holdings, é um exemplo paradigmático de fraude financeira no Vietname. Em 11 de abril de 2024, Lan foi condenada à morte por desviar 44 mil milhões de dólares do Saigon Commercial Bank (SCB) ao longo de 11 anos. Este caso não só revela a magnitude da fraude cometida, mas também destaca falhas críticas na supervisão regulatória e na governança corporativa do país.
O caso levanta sérias questões éticas. A governança corporativa do SCB falhou em implementar controlos internos adequados, permitindo que Lan executasse o seu esquema fraudulento. Além disso, a corrupção dentro das entidades reguladoras, incluindo a aceitação de subornos por parte de altos funcionários, demonstra uma falha sistémica de integridade. A manipulação de sistemas financeiros para ganho pessoal, à custa de accionistas, investidores, e do público, reflecte uma profunda crise de ética e responsabilidade.
Factos Relevantes
Truong My Lan arquitetou um esquema complexo para desviar fundos do SCB, envolvendo a criação de centenas de empresas fictícias e a utilização de procuradores para controlar ilegalmente mais de 90% das acções do banco. Este esquema violou a legislação vietnamita, que limita a propriedade individual a um máximo de 5% das acções de qualquer banco. As falhas na supervisão regulatória permitiram que Lan retirasse somas vultuosas de dinheiro, incluindo 4 mil milhões de dólares em espécie, armazenados no seu porão.
O julgamento no Tribunal Popular da Cidade de Ho Chi Minh foi notável, envolvendo 85 réus, 2.700 testemunhas, dez promotores estatais, e cerca de 200 advogados. As evidências, preenchendo 104 caixas pesando seis toneladas, foram esmagadoras. Todos os réus foram considerados culpados, e Lan recebeu a pena de morte.
Stakeholders
Os principais stakeholders afectados pelo caso incluem:
Accionistas e Investidores do SCB: Sofreram perdas financeiras significativas devido às actividades fraudulentas, afectando tanto investidores individuais quanto institucionais.
Empregados do SCB e da Van Thinh Phat Holdings: Enfrentaram perdas de emprego, insegurança financeira e moral reduzida.
Clientes do SCB: Sofreram disrupções nos serviços bancários e potenciais perdas financeiras devido à instabilidade do banco.
Corpos Reguladores e Governo: Enfrentaram danos à credibilidade e eficácia, expondo falhas regulatórias graves.
Comunidade Internacional de Negócios: A confiança no ambiente de negócios vietnamita foi abalada, potencialmente desincentivando investimentos futuros.
Público em Geral: Perda de confiança nas instituições financeiras e no governo, afectando a estabilidade social e económica.
Medidas Preventivas
Para evitar futuros casos de fraude financeira de grande escala, são recomendadas as seguintes medidas:
Fortalecimento da Supervisão Reguladora: Implementar verificações e balanços mais rigorosos no sector financeiro para garantir a responsabilidade e transparência.
Melhoria das Práticas de Governança Corporativa: Adoptar padrões mais rigorosos de governança corporativa para promover a integridade e comportamento ético.
Programas de Proteção a Denunciantes: Estabelecer protecções para indivíduos que relatem práticas antiéticas, incentivando a transparência e a detecção precoce de fraudes.
Campanhas de Educação e Conscientização Pública: Educar o público sobre fraude financeira e seus direitos, empoderando-os a reconhecer e responder a fraudes.
Reformas Legais e Aplicação Rigorosa: Fortalecer os marcos legais e garantir a aplicação rigorosa das leis para deter actividades fraudulentas futuras.
Integração de Tecnologia Avançada: Utilizar tecnologias como inteligência artificial e análise de big data para monitorar transações financeiras e detectar padrões suspeitos de actividade fraudulenta.
Conclusão
O caso de Truong My Lan sublinha a necessidade urgente de reformas abrangentes no sistema financeiro e regulatório do Vietname. A fraude massiva e as subsequentes condenações não só expuseram falhas sistémicas, mas também proporcionaram uma oportunidade crítica para fortalecer a integridade institucional e restaurar a confiança pública. A implementação das medidas preventivas sugeridas pode não apenas prevenir futuras ocorrências de fraude, mas também promover uma cultura de ética e transparência nas instituições financeiras.
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Liderança comunitária: Motivação e apoio logístico
O capítulo intitulado “Motivação para o Trabalho dos Líderes Comunitários do Distrito de Nhamatanda”, de Stefan Leonel Janeiro Mussa e Elsa Maria Frederico Livo, presente no volume “Experiências em Ensino, Pesquisa e Extensão na Universidade: Caminhos e Perspectivas”, aborda um estudo detalhado sobre a motivação dos líderes comunitários no Distrito de Nhamatanda, Moçambique. O objectivo principal da pesquisa é analisar o nível de motivação desses líderes, identificar os factores que a influenciam e propor medidas que possam ser adoptadas por gestores para melhorar o desempenho desses líderes.
Mussa e Livo (2022) iniciam com uma contextualização histórica sobre a motivação, destacando que este tema já despertava o interesse dos primeiros pensadores da humanidade, preocupados em entender e explicar o comportamento humano. Antes da Revolução Industrial, a principal maneira de motivar era através do medo e das punições, como restrições financeiras. Com a Revolução Industrial, surgiram investimentos pesados na produção, visando aumentar a eficiência dos processos industriais. Embora as punições fossem deixadas de lado, o medo ainda prevalecia nas empresas.
Os primeiros estudos sobre a motivação, conforme Marras (2000, citado em Mussa e Livo, 2022), começaram no século XX com Frederick Taylor, que defendia a crença de que o dinheiro era o maior motivador. Taylor afirmava que “as pessoas eram levadas a fazer coisas apenas para obterem mais dinheiro” (Idem).
Neste artigo, a motivação é definida como o processo pelo qual o comportamento humano é incentivado ou estimulado por alguma razão, sendo responsável pela intensidade, direcção e persistência no alcance de uma meta. Em outras palavras, a motivação está sempre relacionada ao esforço em relação a um objectivo a ser alcançado.
Para Mussa e Livo (2022), o líder comunitário é alguém com habilidades para mediar, tomar decisões importantes e promover actividades que ajudam a desenvolver a comunidade. Essas funções dependem do apoio da comunidade, da aceitação do líder e de sua experiência, formação e educação. Kossen (1983, citado em Mussa e Livo, 2022) descreve o líder comunitário como alguém capaz de “solucionar problemas de forma criativa, comunicar e ouvir, ter estabilidade emocional, autoconfiança e uma atitude sincera em relação aos subordinados”.
A motivação no trabalho é definida como a vontade de exercer um elevado esforço para alcançar objectivos laborais, condicionada pela capacidade de esforço para satisfazer alguma necessidade individual (Esteves, 2001, citado em Mussa & Livo).
Os resultados indicam que o nível de motivação dos líderes comunitários em Nhamatanda é considerado médio. A análise revelou que o respeito e o reconhecimento por parte da comunidade são os principais factores motivadores para esses líderes, especialmente em contextos africanos, onde o status social e o reconhecimento são altamente valorizados (Mussa & Livo, 2022). Em contraste, os recursos materiais, embora importantes, não são os principais motivadores. A falta de incentivos financeiros e materiais é notada, mas não é o principal que influencia a motivação.
A relação entre os líderes comunitários e o governo é descrita como ambivalente. Embora o governo reconheça a importância dos líderes para a mobilização e organização comunitária, há uma falta de apoio concreto, manifestada na insuficiência de recursos materiais e na falta de reconhecimento formal, o que gera ressentimentos e pode impactar negativamente a motivação dos líderes.
Os autores concluíram que os objectivos do estudo foram alcançados, destacando a importância dos factores culturais e sociais na motivação dos líderes comunitários. O respeito e o reconhecimento dentro da comunidade são cruciais para manter a motivação alta. A pesquisa sugere que as políticas governamentais devem considerar esses factores ao planear incentivos e suporte para os líderes comunitários. Melhorar a motivação desses líderes pode, consequentemente, melhorar o seu desempenho e os benefícios para a comunidade.
Com base nos resultados, os autores recomendam a implementação de políticas de reconhecimento formal do trabalho dos líderes comunitários, o aumento de recursos materiais e financeiros para apoiar as suas actividades, e programas de formação e capacitação para fortalecer as suas habilidades. Essas medidas podem ajudar a aumentar a motivação e a eficácia dos líderes comunitários, trazendo benefícios significativos para as comunidades que servem.
O capítulo fornece uma visão abrangente sobre os desafios e motivações dos líderes comunitários em Nhamatanda, oferecendo contributos valiosos para gestores e formuladores de políticas que desejam melhorar a eficácia e motivação desses importantes agentes comunitários.
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Gestão de Talentos em Moçambique: Desafios, Estratégias e Perspectivas da Universidade Aberta ISCED
Este resumo intitulado: a Gestão de Talentos na Universidade Aberta ISCED em Moçambique, é da autoria de Stefan Leonel Janeiro Mussa, colaborador da UnISCED e Nilton Soares Formiga, da Universidade Potiguar. O artigo que faz parte do livro sobre Administração, Contabilidade e Economia – Volume 3, organizado por Silveira (2024) resulta de um estudo exaustivo feito na Universidade Aberta ISCED, onde participaram quatro gestores da instituição.
Importância da Gestão de Talentos para o Sucesso Organizacional
A gestão de talentos é importante para o sucesso organizacional. Este estudo está focado na perspectiva dos gestores de uma universidade em Moçambique. Destaca-se a falta de estudos sobre gestão de talentos no país, especialmente no contexto do ensino superior, e a crescente competição por profissionais qualificados. Mussa e Formiga (2024) apontam a necessidade de estratégias de gestão de talentos consistentes e transparentes, lideradas por gestores estratégicos em colaboração com os recursos humanos.
Este texto destaca a importância da gestão de talentos, sublinhando que colocar os funcionários antes da estratégia é fundamental, como afirmado por Ehlers e Lazenby (2007, citados em Mussa e Formiga, 2024): “o maior erro dos gestores é esquecer o factor mais importante quando se trata de gestão, ou seja, o ser humano”. A gestão de talentos também envolve um senso de urgência em relação às pessoas em posições críticas, como apontado por Conaty & Charan (2010, citados em Mussa e Formiga, 2024).
Desafios e Perspectivas na Implementação da Gestão de Talentos na UnISCED
Neste resumo avalia-se a compreensão e implementação da gestão de talento pelos decisores da Universidade Aberta ISCED (UnISCED). Os entrevistados demonstraram um entendimento claro sobre o conceito de gestão de talento, alinhando suas definições com as práticas descritas na literatura académica, como afirmam Mussa e Formiga (2024). Um dos participantes afirmou que “a gestão de talento é a estratégia para gerir funcionários para que eles possam dar o melhor deles e desenvolver no máximo as próprias capacidades”, sublinharam os autores. Essa visão está em consonância com as definições encontradas na literatura, que também destacam a importância de atrair, desenvolver e reter talentos (Armstrong Michael, 2006; Noe et al., 2006; Silzer & Dowell, 2010, citados em Mussa e Formiga, 2024). Quanto à prioridade dada à gestão de talento na Unisced, os entrevistados enfatizaram sua importância para o crescimento e eficiência da instituição. Um dos entrevistados afirmou que “a gestão de talento mais que uma prioridade é um desafio para UnISCED”. Essa perspectiva está alinhada com a visão de que a gestão de talento é essencial para o sucesso organizacional (citado por Mussa & Formiga, 2024, em Hughes & Rog, 2008). No entanto, os entrevistados reconheceram que a UnISCEDd enfrenta desafios na implementação efectiva da gestão de talento, especialmente devido à falta de recursos humanos qualificados na área de GRH. Eles destacaram a necessidade de desenvolver práticas específicas para identificar e reter talentos na instituição (Mussa & Formiga, 2024).
Contribuições e Recomendações para a Melhoria da Gestão de Talentos em Moçambique
Em resumo, o estudo destaca a importância da gestão de talento para o sucesso organizacional e sugere que a UnISCED precisa desenvolver uma abordagem mais estruturada e proativa para promover um ambiente de trabalho que incentive o crescimento e a excelência organizacional. A falta de literatura sobre gestão de talento em Moçambique é reconhecida, e o trabalho proposto visa preencher essa lacuna, fornecendo um contributo valioso para a comunidade académica e empresarial. Destaca-se a importância da compreensão e implementação da gestão de talento na UnISCED, não apenas como uma prioridade organizacional, mas também como um guia prático para gestores de recursos humanos e líderes empresariais. O estudo também aborda os desafios específicos enfrentados por organizações em Moçambique e na África em geral, como a escassez de talento, problemas educacionais e falta de recursos. Esses desafios são amplamente discutidos na literatura, como destacado por Mussa & Formiga (2024, em Mogwere, 2014 e Maritz, 2012), que enfatizam a necessidade de investir em talento e desenvolvimento educacional para enfrentar essas questões. Além disso, o texto ressalta a importância de práticas eficazes de gestão de talento na retenção de funcionários e no desempenho organizacional, como mencionado por Mussa & Formiga (2024, em D’Amato & Herzfeldt, 2008 e Schuler et al., 2011). Por fim, são feitas recomendações para as instituições de ensino, especialmente a UnISCED, para investirem na formação e capacitação de talentos, visando aprimorar a gestão de talentos e alinhar os objectivos organizacionais com as necessidades dos colaboradores, como sugerido por Mussa & Formiga (2024, em Riccio, 2010 e Rhodes & Brundrett, 2012).
O texto examina o debate levantado por Andy Clark sobre o papel da linguagem na computação humana, sustentando que a linguagem transcende a mera função comunicação que a ela é atribuída. Clark (1998) argumenta que a linguagem não é meramente um canal para transferência de informações, mas exerce uma influência substancial na estrutura, organização, aprendizagem e pensamento humano. Inspirado nas teorias de Lev Vygotsky, Clark propõe que a linguagem não apenas facilita a comunicação, mas também orienta acções e pensamentos, moldando directamente o comportamento e a cognição humanas.
No entanto, o texto também apresenta uma crítica à perspectiva de Clark, citando os argumentos de Birgitt Flohr (1989), que sugere que a linguagem é um produto da interação entre a mente humana e o ambiente externo. Segundo essa visão, a linguagem não exerce um impacto direto na mente, mas serve como um meio para a transmissão de ideias e conhecimentos.
Clark rebate essa crítica reafirmando sua posição de que a linguagem reconfigura o espaço computacional do cérebro humano (Clark, 1998). Ele defende que a linguagem complementa as actividades mentais, fornecendo recursos que não estão disponíveis apenas através dos processos mentais internos.
Resumindo, enquanto Clark sustenta que a linguagem desempenha um papel activo na computação humana, neste artigo, é essa visão, argumentando que a linguagem é apenas um meio de comunicação e pensamento, sem exercer uma influência directa sobre as actividades mentais. O debate sobre essa relação entre linguagem e mente continua, alimentando uma discussão contínua na literatura científica.
Desafios e Oportunidades da Inteligência Artificial no Ensino Superior em Moçambique: Um Estudo Exploratório
A introdução deste estudo destaca os desafios enfrentados pelo ensino superior em Moçambique devido ao surgimento e rápido desenvolvimento da inteligência artificial (IA). A IA tem impacto significativo na educação, apresentando tanto oportunidades quanto desafios para as universidades moçambicanas. Este estudo explora os desafios relacionados à integração da IA e seu impacto nos processos educacionais e nos estudantes. O referencial teórico aborda conceitos básicos de IA e ensino superior, além de revisar a literatura existente sobre o assunto. Tópicos como o impacto da IA na educação, mudança de papéis de professores e estudantes, desafios éticos e de protecção de dados, bem como impacto na estrutura curricular e processos administrativos, são discutidos. A metodologia qualitativa empregada inclui entrevistas com gestores universitários em Moçambique, que desempenham papel central na adopção e implementação da IA. A análise de conteúdo das entrevistas identifica os principais desafios enfrentados pelos gestores. O estudo relaciona as descobertas com a literatura existente, identificando estratégias para enfrentar esses desafios. Uma discussão final destaca os principais resultados, implicações práticas e limitações do estudo, além de sugerir áreas para futuras pesquisas sobre os desafios do ensino superior em Moçambique diante da emergência da IA.
Desafios do Ensino Superior em Universidades Moçambicanas
O acesso limitado à tecnologia e infraestruturas adequadas é um desafio fundamental enfrentado pelas universidades moçambicanas no contexto da Inteligência Artificial (IA). A falta de recursos técnicos, como computadores e acesso à internet, pode levar a desigualdades no ensino superior, prejudicando a adopção efectiva da IA. Para superar esse desafio, é crucial que as universidades invistam em infraestruturas tecnológicas e garantam acesso igualitário à tecnologia.
A formação adequada dos professores é essencial para a integração efectiva da IA no ensino superior. A falta de treinamento específico dificulta a adopção da IA pelos professores em Moçambique. Portanto, é necessário que as universidades ofereçam programas de treinamento contínuo e recursos de aprendizagem para capacitar os professores nas habilidades necessárias.
O rápido desenvolvimento da IA requer um ajuste contínuo dos currículos académicos. As universidades em Moçambique devem trabalhar com especialistas em IA para revisar e actualizar os currículos, garantindo que os estudantes tenham as habilidades necessárias para aproveitar as oportunidades oferecidas pela IA.
O uso de IA no ensino superior levanta questões éticas e de privacidade, como a colecta e análise de dados dos estudantes. É essencial que as universidades estabeleçam políticas claras para proteger os dados dos estudantes e promover o uso ético da IA. Além disso, é importante envolver os estudantes e a comunidade académica em discussões sobre ética e privacidade da IA para promover a conscientização e transparência nas práticas empregadas.
Integração Responsável da Inteligência Artificial no Ensino Superior de Moçambique: Benefícios, Desafios e Estratégias
A implementação da Inteligência Artificial (IA) no ensino superior em Moçambique traz benefícios significativos, como a melhoria dos processos educacionais, a personalização da aprendizagem e a automação de tarefas administrativas. A IA permite a adaptação das aulas às necessidades individuais dos alunos, proporcionando um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e eficaz. No entanto, enfrenta desafios relacionados ao acesso à infraestrutura tecnológica adequada, à capacitação e actualização dos docentes, à revisão curricular e à ética e privacidade na utilização da IA. Para superar esses desafios, é necessário investir em infraestrutura tecnológica, oferecer capacitação contínua aos professores, revisar os currículos acadêmicos e estabelecer políticas éticas claras. Assim, a IA pode ser integrada de forma responsável e ética no ensino superior em Moçambique, contribuindo para uma educação de qualidade e inclusiva.
Desafios da Implementação da Inteligência Artificial no Ensino Superior em Moçambique: Infraestrutura, Capacitação, Currículo e Ética
O acesso limitado à infraestrutura tecnológica, a falta de capacitação docente, a adaptação curricular e as preocupações éticas e de privacidade são desafios significativos enfrentados pelas universidades moçambicanas na implementação efectiva da Inteligência Artificial (IA) no ensino superior. A falta de recursos financeiros e infraestruturas robustas para suportar a IA cria grandes obstáculos. Para superar esses desafios, sugere-se aumentar o financiamento para pesquisa em IA, promover a colaboração entre organizações, desenvolver programas de formação para docentes, revisar os currículos académicos e estabelecer políticas claras de ética e privacidade. A implementação bem-sucedida da IA requer um esforço conjunto de instituições de ensino superior, governos e partes interessadas. Este estudo, embora baseado em entrevistas com gestores universitários, destaca a necessidade de pesquisas futuras explorarem esses desafios sob diferentes perspectivas e utilizando metodologias complementares.
Conclusão
O surgimento da Inteligência Artificial (IA) apresenta desafios e oportunidades para o ensino superior nas universidades moçambicanas, incluindo acesso limitado à tecnologia, falta de formação de professores, necessidade de adaptação curricular e preocupações éticas. No entanto, a IA também oferece benefícios, como melhoria dos processos educacionais, personalização do aprendizado e automatização de tarefas administrativas. Para enfrentar esses desafios, as universidades precisam investir em infraestrutura tecnológica, fornecer treinamento de professores, revisar currículos e estabelecer políticas de ética e privacidade. A colaboração entre universidades, empresas e governos é essencial para impulsionar a adopção efectiva da IA no ensino superior, permitindo que as universidades moçambicanas liderem a inovação educacional e contribuam para o desenvolvimento socioeconómico do país.
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