Nos dias 12 e 13 de Dezembro de 2024, a Universidade Aberta ISCED (UnISCED) realiza o Quinto Conselho Universitário, na Cidade da Beira. O encontro reúne membros do órgão e convidados, incluindo representantes de outras instituições de ensino superior e do Governo.
No evento serão apresentados e discutidos vários documentos estratégicos, com o destaque para o Relatório Anual da instituição referente ao ano de 2023, o Plano Geral de Actividades e Orçamento para 2025, o Plano Estratégico da UnISCED 2025 – 2029, bem como as propostas da Política e Estratégia de Género e da Política de Cooperação, Internacionalização e Mobilidade Académica.
Na abertura do evento, o Doutor Wisdom Machacha, Administrador do IAPED HOLDING SA, entidade instituidora da UnISCED, em representação do Presidente do Conselho de Administração, destacou a importância de reflexões estratégicas para o crescimento acelerado da instituição, apesar dos desafios enfrentados. Durante o seu discurso, anunciou que, em 2025, terá início a construção do edifício-sede da UnISCED, que albergará a reitoria na Cidade da Beira, no Bairro de Inhamízua.
Com a construção do novo edifício-sede, a UnISCED reforça o compromisso na consolidação do seu desenvolvimento institucional e na melhoria da qualidade de ensino, bem como em trabalhar de forma integrada com outros actores do sector educativo e da sociedade.
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UnISCED participa na Iª Sessão Ordinária do Conselho do Ensino Superior
Decorreu no dia 12 de Dezembro do corrente ano, na Cidade de Mapauto, a Iª Sessão Ordinária do Conselho do Ensino Superior (CES), evento no qual a Universidade Aberta ISCED (UnISCED) foi representada pelo Vice-Reitor para a Área Académica, Prof. Doutor Simone Mura.
O evento foi presidido pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Doutor Daniel Nivagara, e reuniu dirigentes de instituições de ensino superior, públicas e privadas, com o objectivo de debater temas prioritários para o fortalecimento e desenvolvimento do sector em Moçambique.
Na ocasião, o Ministro sublinhou a importância do CES como órgão de consulta e coordenação estratégica e destacou o seu papel na promoção de um ensino superior de qualidade e alinhado com as necessidades sociais e económicas do país.
A presença do Prof. Doutor Simone Mura reforça o compromisso da UnISCED em contribuir activamente nas discussões e deliberações que impactam o futuro do ensino superior em Moçambique. As decisões tomadas na sessão serão fundamentais para orientar as políticas do sector nos próximos anos, consolidando o papel das instituições no desenvolvimento sustentável do país.
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UnISCED realiza V Conselho Universitário e anuncia construção da nova sede
Nos dias 12 e 13 de Dezembro de 2024, a Universidade Aberta ISCED (UnISCED) realiza o Quinto Conselho Universitário, na Cidade da Beira. O encontro reúne membros do órgão e convidados, incluindo representantes de outras instituições de ensino superior e do Governo.
No evento serão apresentados e discutidos vários documentos estratégicos, com o destaque para o Relatório Anual da instituição referente ao ano de 2023, o Plano Geral de Actividades e Orçamento para 2025, o Plano Estratégico da UnISCED 2025 – 2029, bem como as propostas da Política e Estratégia de Género e da Política de Cooperação, Internacionalização e Mobilidade Académica.
Na abertura do evento, o Doutor Wisdom Machacha, Administrador do IAPED HOLDING SA, entidade instituidora da UnISCED, em representação do Presidente do Conselho de Administração, destacou a importância de reflexões estratégicas para o crescimento acelerado da instituição, apesar dos desafios enfrentados. Durante o seu discurso, anunciou que, em 2025, terá início a construção do edifício-sede da UnISCED, que albergará a reitoria na Cidade da Beira, no Bairro de Inhamízua.
Com a construção do novo edifício-sede, a UnISCED reforça o compromisso na consolidação do seu desenvolvimento institucional e na melhoria da qualidade de ensino, bem como em trabalhar de forma integrada com outros actores do sector educativo e da sociedade.
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A Permanência Profissional na Universidade Aberta ISCED (UnISCED) em Moçambique: Um Estudo Sobre Influência da Perceção do Suporte Organizacional, Satisfação no Trabalho, Retenção Laboral
A pesquisa aborda a permanência profissional na Universidade Aberta ISCED (UnISCED) em Moçambique, com foco na influência da percepção do suporte organizacional, satisfação no trabalho e retenção laboral. A gestão de talento, considerada uma função moderna da Gestão de Recursos Humanos (GRH), é essencial para promover a produtividade e a competitividade organizacional. A literatura destaca que a retenção de funcionários de alto desempenho continua a ser um desafio, com implicações diretas na liderança e no ambiente de trabalho.
O estudo, com base numa análise empírica realizada com trabalhadores moçambicanos, explora como o suporte organizacional (definido como as percepções do trabalhador sobre o tratamento recebido pela organização) e a satisfação no trabalho influenciam a decisão de permanência ou saída da organização. Os resultados confirmam que a percepção positiva do suporte organizacional e a satisfação no trabalho têm impacto directo na retenção de talentos, sugerindo que um indivíduo satisfeito e que se sente valorizado tende a permanecer na organização.
Além disso, o estudo destaca que, para garantir a permanência profissional, as organizações devem ir além da simples retenção de talentos, promovendo vínculos significativos com os colaboradores e criando um ambiente que os incentive a escolher a organização como o seu local de trabalho de longo prazo.
Por fim, a pesquisa sugere que, num contexto globalizado e competitivo, as organizações devem investir no desenvolvimento e retenção de talentos como uma estratégia essencial para alcançar vantagem competitiva. A UnISCED, uma instituição de ensino superior recente em Moçambique, está inserida neste cenário de desafios, e este estudo contribui para o entendimento da gestão de talento no sector educacional, fornecendo informações valiosas para gestores e partes interessadas no aprimoramento da GRH.
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Estudantes da UnISCED Realizam Práticas de Marketing no Centro de Formação de Nazaré, na Beira
No dia 4 de Dezembro, os estudantes do Curso de Licenciatura em Comunicação Aplicada ao Jornalismo e Marketing da Universidade Aberta ISCED (UnISCED) realizaram uma enriquecedora visita de estudos ao Centro de Nazaré, localizado na cidade da Beira. Esta actividade integrou a componente prática do curso, oferecendo aos discentes uma experiência em campo que complementa a formação teórica recebida em sala de aula.
Durante a visita, os estudantes participaram de uma sessão de contextualização conduzida pelo director do centro, Padre Timothée Bationo. Na ocasião, o director apresentou detalhadamente os recursos disponíveis, bem como as diversas áreas de actuação da instituição, que desempenha um papel importante na comunidade local. O Centro de Nazaré é reconhecido pela sua produção agropecuária e outros serviços que contribuem para a sua autossuficiência, além de manter uma colaboração estratégica com a UnISCED.
Após a sessão inicial, os estudantes tiveram a oportunidade de explorar as instalações e compreender de perto as actividades desenvolvidas no local. Além disso, foram desafiados pelo director a reflectir sobre estratégias inovadoras de marketing que possam ser utilizadas para promover e divulgar os produtos e serviços oferecidos pelo centro. Este desafio está directamente alinhado com os objectivos da visita, que incluíam não apenas a colecta de informações sobre o funcionamento do centro, mas também a elaboração de um plano de marketing estratégico que potencialize a visibilidade e o impacto da instituição na comunidade.
Os estudantes demonstraram grande interesse e compromisso em encontrar soluções criativas para esse desafio, destacando a importância da união entre o conhecimento académico e a prática profissional. Esta experiência permitiu que eles aplicassem conceitos aprendidos ao longo do curso, reforçando sua capacidade de desenvolver estratégias de comunicação e marketing que contribuam para o crescimento sustentável de instituições locais como o Centro de Nazaré.
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UnISCED e CMB Firmam Parceria para impulsionar educação ambiental na cidade da Beira
A Universidade Aberta ISCED (UnISCED), representada pelo seu Reitor, Prof. Doutor Martins Laita e o Conselho Municipal da Beira, representado pelo presidente da autarquia, Dr. Albano Carige, assinaram, no dia 20 de Novembro do presente ano lectivo, um memorando de entendimento com o objectivo de reforçar a educação ambiental na cidade e no país. A parceria visa promover a implementação do Projecto de Educação Ambiental ProEduca, uma iniciativa estratégica da UnISCED voltada para a sensibilização e implementação de acções práticas de sustentabilidade ambiental.
A colaboração entre o CMB e a UnISCED será crucial para a execução de diversas acções ambientais na cidade da Beira. Entre as principais actividades do projecto, destacam-se a instalação de ecopontos de depósito de resíduos sólidos ao longo das principais artérias da cidade, incluindo escolas primárias, bem como a realização de jornadas de limpeza nas praias e nos bairros da comunidade. Estas acções têm como objectivo promover a reciclagem, reduzir o impacto ambiental e sensibilizar a população sobre a importância da preservação ambiental.
Durante a assinatura do memorando, Albano Carige destacou a importância da parceria para o desenvolvimento do município e para a melhoria da qualidade de vida da população. “Este memorando não é apenas um acordo formal, mas uma acção concreta que visa resolver problemas ambientais que afectam directamente a nossa cidade. Através da colaboração com a UnISCED, teremos a oportunidade de capacitar profissionais e envolver a comunidade na construção de um ambiente mais limpo e mais sustentável”, disse.
Por sua vez, o Prof. Doutor Martins Laita, Reitor da UnISCED, expressou o compromisso da universidade com a formação e a educação ambiental, sublinhando que o projecto será também uma oportunidade para os estudantes da instituição aplicarem os seus conhecimentos em benefício da comunidade. “A UnISCED, como uma instituição de ensino superior aberta e comprometida com a pesquisa e a extensão, está entusiasmada em colaborar com o Município da Beira na implementação de soluções prácticas que possam fazer a diferença no nosso meio ambiente e na formação de cidadãos mais conscientes”.
A parceria entre a UnISCED e a CMB reforça o compromisso com a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável em Moçambique, alinhando-se com os desafios globais de preservação ambiental e com a necessidade de formar cidadãos activos e comprometidos com o futuro do planeta. O ProEduca tem tudo para se tornar um exemplo de integração entre o ensino, a pesquisa e a acção comunitária, beneficiando não apenas a cidade da Beira, mas também outras regiões do país.
A expectativa é que o projecto contribua para o fortalecimento da cidade como um modelo de sustentabilidade e sensibilização ambiental, além de promover o engajamento da população nas acções de preservação e cuidados com o meio ambiente.
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O valor do colaborador na organização: Suporte pós-isolamento
O artigo “A realização do trabalhador é ser valorizado pela organização!” examina a importância do apoio da organização para a satisfação e realização dos trabalhadores em ambientes após o isolamento social. Co-autorado por Stefan Mussa, colaborador da Universidade Aberta ISCED (UniSCED), o estudo utiliza a “Escala de Percepção de Suporte Organizacional (EPSO)”, desenvolvida para medir o grau em que os trabalhadores sentem que as suas organizações os apoiam e valorizam. A pesquisa buscou avaliar os efeitos da valorização organizacional sobre o bem-estar e desempenho dos colaboradores em organizações brasileiras, num momento em que a saúde mental e o suporte organizacional se intensificaram devido ao impacto da pandemia de COVID-19.
Desde a Revolução Industrial, o ambiente de trabalho e a forma como as organizações se relacionam com os seus colaboradores têm evoluído consideravelmente (Perello-Marin & Marin-Garcia; Marcos-Cuevas, 2013; Tachizawa, 2015). Com a pandemia de COVID-19, tornou-se ainda mais evidente que o relacionamento entre organização e trabalhador deve transcender as demandas técnicas e materiais, integrando elementos de apoio emocional e reconhecimento da importância do colaborador no contexto organizacional (Habtoor, 2016; Rohm & Lopes, 2015). Neste estudo, os autores argumentam que a valorização do trabalhador é central para o seu empenho e motivação, especialmente em contextos de crise social e económica.
Durante a discussão, os resultados indicaram que os trabalhadores que percebem alto suporte organizacional manifestam menor intenção de rotatividade e maior capital psicológico positivo, o que confirma a importância do suporte percebido na retenção de talentos e no fortalecimento do comprometimento. Segundo Kurtessis et al. (2015), a percepção de suporte por parte do trabalhador está directamente ligada ao esforço adicional que este emprega para atingir os objectivos organizacionais, reflectindo um vínculo afectivo positivo. O estudo também identificou que a faixa etária mais jovem apresentou uma percepção mais elevada de suporte organizacional, o que pode estar relacionado à maior adaptabilidade e idealização em início de carreira .
Para validar a EPSO no contexto brasileiro, os autores realizaram análises factoriais exploratórias e confirmatórias, com resultados que sustentam a adequação da escala para medir o suporte organizacional. A análise de componentes principais indicou um factor dominante que explica 58,93% da variação, e o modelo ajustado apresentou índices de ajuste (CFI = 0,99, RMSEA = 0,03), confirmando a estrutura unifatorial da escala (Hair et al., 2005; Marôco, 2010) . Esta validação psicométrica fornece uma base robusta para o uso da EPSO como instrumento de diagnóstico nas organizações, possibilitando intervenções específicas que visem aumentar a satisfação dos trabalhadores e reduzir a rotatividade.
Por fim, este estudo contribui para a literatura ao validar a EPSO no Brasil, destacando a importância do suporte organizacional para o bem-estar e desempenho dos trabalhadores. As implicações práticas sugerem que organizações que promovem um ambiente de apoio e valorização têm maior capacidade de reter talentos e optimizar o desempenho dos colaboradores, particularmente em tempos de incerteza. A aplicação de ferramentas como a EPSO é essencial para gestores que desejam fomentar uma cultura organizacional que priorize o desenvolvimento humano e o compromisso com os profissionais.
A relevância deste estudo reside, portanto, em oferecer uma ferramenta confiável para medir o suporte organizacional e promover estratégias que garantam um ambiente de trabalho saudável, engajado e produtivo.
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Marketing Educacional nas Instituições de Ensino Superior em Moçambique
O artigo “Marketing Educacional nas Instituições de Ensino Superior em Moçambique“, de Valentim Manuel e Suale Amade, ambos colaboradores da Universidade Aberta ISCED (UnISCED), aborda como as instituições de ensino superior (IES) utilizam estratégias de marketing educacional para captar estudantes e fortalecer a sua posição num mercado competitivo. Com o aumento significativo na oferta de IES no país, o estudo investiga as ferramentas e práticas de comunicação empregues pelas instituições e propõe melhorias para atrair mais estudantes e optimizar a eficiência organizacional.
A Relevância do Marketing Educacional
A globalização e o avanço das tecnologias de informação e comunicação (TIC) provocaram mudanças profundas no cenário educacional em Moçambique. A crescente concorrência entre as IES exige uma gestão mais eficiente e focada em estratégias de marketing para atrair e reter estudantes. Neste novo contexto, o marketing educacional surge como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento institucional, indo além das actividades promocionais tradicionais. Envolve pesquisa de mercado, segmentação de público e criação de propostas de valor que atendam às expectativas dos estudantes, fortalecendo o relacionamento institucional a longo prazo.
Objectivos do Estudo
O estudo tem como principal objectivo analisar as acções de comunicação nas IES e compreender como os gestores utilizam ferramentas de propaganda e promoção para captar alunos. O trabalho visa propor directrizes para o desenvolvimento de políticas de comunicação mais eficazes em Moçambique. Especificamente, busca-se:
Identificar tendências nas políticas de comunicação institucional nas IES.
Verificar o uso de ferramentas de promoção por gestores de IES privadas.
O Conceito de Marketing Educacional
A literatura sobre marketing educacional destaca a sua importância na gestão das IES, posicionando-o como um processo que visa compreender as necessidades educacionais da sociedade para desenvolver programas adequados. O estudo apoia-se em autores como Manes (1997), que define o marketing educacional como a aplicação de princípios de marketing à educação, e Carvalho & Berbel (2001), que ampliam essa definição, incluindo estratégias de pesquisa, segmentação e posicionamento.
Práticas de Marketing nas IES
Apesar de reconhecerem a importância do marketing, muitas IES moçambicanas ainda carecem de estratégias de marketing educacional estruturadas. A utilização de canais como atendimento telefónico, websites e e-mails é comum, mas insuficiente, especialmente quando comparada com práticas globais que incluem o uso extensivo de redes sociais e marketing digital. A pesquisa também identificou uma dependência excessiva de métodos tradicionais, como telemarketing e anúncios em jornais, que são menos eficazes na atracção de estudantes jovens.
Recomendações e Propostas de Melhoria
Desenvolvimento de Planos de Marketing: As IES devem criar planos de marketing alinhados com as suas realidades e com as demandas do mercado.
Inovação e Criatividade: As instituições devem incorporar mais inovação, utilizando ferramentas digitais e criando conteúdos personalizados.
Treinamento de Gestores de Marketing: Capacitar os gestores para que compreendam melhor as estratégias de marketing educacional.
Integração de Acções de Comunicação: Adoptar uma abordagem integrada de comunicação, utilizando múltiplos canais para alcançar o público-alvo de forma eficaz.
O Futuro do Marketing Educacional em Moçambique
O marketing educacional em Moçambique ainda está em desenvolvimento, apresentando grandes oportunidades de modernização e crescimento. A implementação de estratégias eficazes e a adaptação às novas tecnologias serão cruciais para que as IES moçambicanas se destaquem num cenário educacional cada vez mais competitivo e globalizado. O sucesso dessas instituições dependerá da sua capacidade de inovar e de adoptar uma abordagem estratégica no marketing educacional.
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Inteligência Artificial no ensino superior: Solução ou martírio?
Em uma comunicação publicada na revista FT, os colaboradores da Universidade Aberta ISCED (UnISCED) escreveram sobre os “NOVOS PARADIGMAS AOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR COM O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PELOS ESTUDANTES, O CASO DO CHATGPT”.
Chitsumba, Romhngwe e Cazança (2024) explicam que “a inteligência artificial (IA) é um campo de estudo que busca emular a inteligência humana através de máquinas”. Neste contexto, eles recorrem a autores como John McCarthy, considerado como um dos pioneiros da IA, para explicar que ela pode ser definida como “a ciência e engenharia de fazer máquinas inteligentes” (McCarthy et al., 1955, citado por Chitsumba, Romhngwe e Cazança, 2024), inclui habilidades como aprendizado, percepção e raciocínio.
Na percepção de Russell e Norvig (2010) a Inteligência Artificial (IA) é o estudo de agentes que recebem percepções do ambiente e realizam acções. Destacam, no entanto, o aspecto da autonomia e da capacidade de tomar decisões baseadas em dados sensoriais.
A IA pode estar associada em diferentes aplicativos da web, dependendo do objectivo pelo qual foi estabelecido, como o ChatGPT (Generative Pretrained Transformer) que é um modelo de linguagem com base na IA. Foi desenvolvido pela OpenAI, que recorre ao aprendizado profundo para gerar texto. Ou seja, o ChatGPT é um método de pré-treinamento para modelos de linguagem que permite a geração de texto coerente e contextualmente relevante (Radford et al., 2018, citado por Chitsumba, Romhngwe & Cazança, 2024).
A sua concepção foi com base numa variedade de fontes de texto da internet, o que lhe permitiu realizar muitas tarefas direccionadas à linguagem, responder perguntas, traduzir idiomas e criar conteúdo textual (Chitsumba, Romhngwe & Cazança, 2024).
Os autores abordaram o tema como uma transformação da educação com a adopção de tecnologias de inteligência artificial e como o ChatGPT está a impactar a experiência de aprendizagem.
A pesquisa explorou a forma como o uso do ChapGPT afecta as competências dos docentes. Com este novo paradigma, urge a necessidade de adaptação, uso eficaz da tecnologia e a capacidade de lidar com desafios e discutir como o ChatGPT influencia o processo de ensino e aprendizagem. Essa influência envolve factores como a personalização do conteúdo, feedback automático e o engajamento dos estudantes.
Durante a sua pesquisa, Chitsumba, Romhngwe e Cazança (2024) perceberam que a IA, com maior destaque para o ChatGPT, está a transformar o campo educacional, onde os professores/docentes são chamados a adaptar-se as oportunidades e enfrentar os desafios trazidos pela tecnologia.
Eles esclarecem que o ChatGPT não substitui o papel do professor, porque ela não é capaz de realizar actividades como desenvolver a criatividade, aprendizagem socioemocional, mediar conflitos, entre outras que requerem a presença humana. Os autores acrescentam que o ChatGPT deve ser uma ferramenta complementar que, se for utilizada de forma adequada, pode ser crucial para o processo de ensino e aprendizagem. Mas há riscos e limitações da IA na educação, “possibilidade de plágio e dependência”.
Este resumo co-autorado por colaborador da UnISCED versa sobre o “m-learning como modalidade de ensino à distância em Moçambique”, com foco no uso das tecnologias a bem da educação e no desenvolvimento sócio-histórico do m-learning em Moçambique, neste contexto do ensino à distância, tipo de ensino oferecido pela Universidade Aberta ISCED (UnISCED).
Manuel, Comiche e Gonçalves (2024) relatam que o m-learning surgiu no início dos anos 2000, quando se registou a popularização dos dispositivos móveis, mas o seu uso para fins educacionais é ainda mais recente. Foi impulsionado pela evolução da tecnologia móvel e popularização dos smartphones, para complementar a educação tradicional através do ensino remoto recorrendo a dispositivos como smartphones, tablets, laptops, entre outros.
Para Crompton (2013, citado por Manuel, Comiche e Gonçalves, 2024) o m-learning é aprendizagem em múltiplos contextos, através de interações sociais e de conteúdo, usando dispositivos electrónicos pessoais, possibilitando os estudantes de aceder os conteúdos educacionais em qualquer lugar, a qualquer hora usando dispositivos móveis.
Através de ferramentas de comunicação como fóruns de discussão, chats, e-mails e vídeos os estudantes podem interagir com os professores e colegas remotamente, o que pode de certa forma criar um ambiente de aprendizagem colaborativo e interativo.
O estudo de Manuel, Comiche e Gonçalves (2024) analisa a aplicação do m-learning nas instituições de ensino superior (IES), destacando tanto as suas vantagens como as desvantagens. O m-learning, entendido como o uso de dispositivos móveis para facilitar a aprendizagem, tem ganhado destaque nas IES devido à sua flexibilidade e potencial para personalizar o ritmo de estudo dos alunos. Entre as vantagens, salientam-se a possibilidade de acesso a conteúdos de forma flexível e a criação de ambientes de aprendizagem mais dinâmicos. No entanto, o m-learning enfrenta desafios significativos, como a dependência de infraestrutura tecnológica e a necessidade de uma supervisão eficaz para evitar distracções e garantir a realização das actividades propostas pelos docentes.
Em Moçambique, a pandemia de COVID-19 acelerou a transformação dos métodos de ensino, impulsionando o uso do ensino à distância (EaD) e destacando o m-learning como uma potencial solução para os desafios de infraestrutura tecnológica. Contudo, a implementação do m-learning nas IES privadas moçambicanas ainda enfrenta barreiras, especialmente relacionadas com a qualidade e eficácia das estratégias educativas, bem como a falta de controle adequado para assegurar a qualidade do ensino. Assim, embora o m-learning ofereça uma alternativa promissora para melhorar o acesso à educação superior no país, a sua adopção plena requer investimentos significativos em tecnologia e suporte pedagógico.
Ensino a distância e o m-learning
Nesta categoria, foi realizada uma análise detalhada das percepções dos estudantes e docentes sobre o ensino à distância e o m-learning, essencial para avaliar a eficácia e a qualidade dessas modalidades. Para Manuel, Comiche e Gonçalves (2024) tanto os estudantes quanto os docentes consideram que o ensino à distância e o m-learning oferecem maior flexibilidade em comparação ao ensino presencial, permitindo uma melhor gestão do tempo e das responsabilidades. A portabilidade dos dispositivos móveis possibilita que os estudantes acessem materiais de estudo a qualquer momento, promovendo uma educação mais adaptável às necessidades individuais (Fonseca, 2013, Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024).
Os docentes, no entanto, reconhecem a grande responsabilidade na elaboração de conteúdos adequados para essas modalidades de ensino. Como apontado por Fonseca (2013, citado por Germano, Comiche & Gonçalves, 2024), a tecnologia e o m-learning são facilitadores, mas não substituem o papel do professor, que deve cuidadosamente associar as actividades aos recursos tecnológicos disponíveis. Apesar da interactividade ser vista como uma vantagem, os autores notaram uma divisão de opiniões: alguns estudantes e docentes sentem falta da interação pessoal do ensino presencial, enquanto outros valorizam as ferramentas online que podem enriquecer a experiência educativa. Moscardini et al. (2013) alertam que a ausência ou superficialidade das interações no m-learning pode comprometer a qualidade do aprendizado.
A pesquisa conclui que, no contexto moçambicano, tanto docentes quanto estudantes veem o m-learning como uma solução necessária para ampliar o alcance da educação superior, embora a falta de infraestrutura tecnológica ainda seja um obstáculo significativo. De acordo com Mhlanga e Moloi (2021, citados por Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024), o m-learning tem o potencial de superar essas barreiras, especialmente em países em desenvolvimento. Contudo, o uso eficaz do m-learning depende de melhorias tecnológicas e da capacitação tanto de estudantes quanto de docentes (Kukulska-Hulme, 2021, citado por Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024).
O uso de tecnologias no ensino superior
O uso de tecnologias no ensino superior tornou-se uma questão central, especialmente com a pandemia de COVID-19, que impulsionou a adopção de cursos online (Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024 ). Plataformas como Moodle, Microsoft Teams e Blackboard são amplamente usadas para facilitar a comunicação e disponibilizar materiais de estudo. No entanto, é fundamental que essas ferramentas estejam alinhadas aos objectivos pedagógicos e às competências dos utilizadores (Albion et al., 2013, citados por Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024).
Os docentes reconhecem que essas plataformas permitem a criação de ambientes de aprendizagem virtuais mais interativos e personalizados, enquanto os estudantes apreciam os recursos multimedia que tornam o conteúdo mais acessível e envolvente. No entanto, desafios técnicos, como problemas de conexão à internet e dificuldades na navegação pelas plataformas, continuam a ser barreiras importantes, conforme apontado por Santaella (2013, citado por Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024), que defende a aprendizagem ubíqua como um complemento valioso ao ensino formal.
Vantagens e desvantagens da implementação do m-learning nas IES privadas em Moçambique
O m-learning apresenta vantagens, como a facilidade de acesso a conteúdos em qualquer lugar e a qualquer hora, e a interatividade aumentada, conforme destacam Sung et al. (2016, citados em Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024 ) e Pimmer et al. (2019, citados em Manuel, Comiche & Gonçalves, 2024). Contudo, também há desvantagens, como problemas de conexão à internet, distrações causadas por outros aplicativos, e a necessidade de formação adequada para a utilização eficaz dessas tecnologias.
Os estudantes identificam a dificuldade de acesso à internet e a dispositivos móveis adequados como as principais barreiras para a adopção do m-learning. No entanto, veem essa modalidade como financeiramente mais acessível do que outras formas de ensino à distância. Recomenda-se que as IES privadas invistam em formação para docentes e estudantes e melhorem a infraestrutura tecnológica, além de buscar parcerias com operadoras de telefonia para facilitar o acesso à internet.
Conclusões
O estudo demonstra que o m-learning pode ser uma alternativa viável para superar a falta de tecnologia no ensino à distância em Moçambique, contribuindo para a democratização do acesso à educação. A flexibilidade e a personalização do processo de aprendizagem são vantagens importantes, mas o sucesso do m-learning depende de investimentos em infraestrutura, formação docente, e parcerias estratégicas. Estudos futuros devem explorar práticas recomendadas para a implementação bem-sucedida do m-learning e os desafios enfrentados pelos estudantes nas IES moçambicanas.
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