ESTÁ EM

AVALIAÇÃO POR PARES EM CONTEXTO DE ENSINO HÍBRIDO

Vagas de emprego em aberto

Aprendizagem no ensino híbrido

O processo de ensino e aprendizagem consiste na verificação dos níveis de retenção/aquisição do conhecimento pelos estudantes, para que se possa reforçar a metodologia em uso por forma a obter melhores resultados de aprendizagem e verificar a forma como os estudantes caminham rumo às metas.

No processo de ensino e aprendizagem, a avaliação pode ser diagnóstica, formativa ou sumativa. A avaliação diagnóstica visa apurar os conhecimentos prévios que o estudante tem sobre determinado conteúdo para melhor planificar a integração do conteúdo novo (Lagarto, 2009). A avaliação formativa acompanha todo o percurso do estudante na disciplina, para verificar se está alinhado aos resultados de aprendizagem, se não estiver deve ser orientado. E por fim, a avaliação sumativa visa indicar se o estudante está apto a transitar para a etapa seguinte, acto que acontece no fim do período de estudos pré-definidos. (Marques, Deusa, & Barbosa, 2017).O ensino híbrido tem ao seu dispor diversos instrumentos de avaliação que podem ser explorados pelo professor para garantir uma maior dedicação dos estudantes nas actividades, impactando positivamente na aprendizagem dos mesmos (Spinardi & Both, 2018). Entretanto, a avaliação pode criar desconforto para os professores e estudantes, quando for concebida como um meio de repreensão ou simples formalidade. Contudo, pode se tornar um meio de impulsionar a aprendizagem quando visa incentivar a reflexão constante nas práticas educativas e no desenho de novas metodologias de aprendizagem. (Soffner, 2010).

Avaliação por pares

Mattar (2017) esclarece que a avaliação por pares é caracterizada pelo envolvimento dos estudantes no processo. Ou seja, os estudantes são avaliadores de outros estudantes. O autor considera este tipo de avaliação como uma “metodologia activa”. Para Nicol, Thomson e Breslin (2014), o tipo de avaliação que inclui o envolvimento dos estudantes a partir de critérios predefinidos (pelo professor), fazem reflexão do próprio desempenho em relação aos mesmos critérios, promovendo, assim, a autonomia na aprendizagem. 

Uma das vantagens da avaliação por pares, é o facto de os estudantes puderem aprender com os erros e sucessos dos colegas, quando estes conseguem alcançar (ou não) e demonstram competências previstas naquela actividade, como também pelos erros dos colegas e compreender a natureza dos critérios de avaliação do docente. Ou seja, a avaliação por pares é uma actividade colaborativa que ocorre entre pelo menos dois pares.

Avaliação por pares na modalidade online

Na modalidade, a avaliação por pares é antecedida pela configuração (feita pelo docente) das informações de envio, a rubrica de avaliação que será utilizada pelos estudantes. Feita a configuração, os estudantes enviam os trabalhos e são avaliados pelos pares (colegas). A seguir é calculada a nota resultante da  ponderação de cada item. 

Este procedimento flexibiliza o trabalho do docente que, além das vantagens da plataforma MOODLE, como a possibilidade que esta dá aos estudantes de anexar os trabalhos ou avaliar no momento que for mais conveniente, permite a automatização do processo de avaliação. Em particular, a ferramenta ocupa-se das actividades críticas como a criação dos grupos de avaliação (quem avalia quem) e o cálculo da nota. Para além de que o docente dispõe de mais tempo para acompanhar os estudantes ao longo do processo avaliativo, monitorando para que decorra sem grandes constrangimentos. 

Aplicação da avaliação por pares

Feita a análise da aplicação da modalidade do ensino híbrido (presencial e online através da plataforma moodle), os resultados provaram que a avaliação por pares tem um grande impacto pedagógico, trazendo resultados significativos aos estudantes.

Quanto ao teste, notou-se que tem um efeito relevante no melhoramento das mesmas, validando a hipótese H1 Este resultado é confirmado pelas respostas dos estudantes que mostram que aprendem avaliando os colegas e ao serem avaliados, tendo um impacto positivo no processo de ensino e aprendizagem com o melhoramento da qualidade do trabalho, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades reflexivas e críticas. 

O estudo mostra que mais do que a nota da avaliação, os maiores benefícios evidenciados pelos estudantes estão relacionados ao processo de providenciar e receber o feedback, enriquecendo a abordagem de todos os intervenientes. 

Quanto às insatisfações apresentadas pelos estudantes, em relação à imparcialidade das avaliações, estas podem ser minimizadas com o uso do anonimato no processo, facto que irá reduzir o tempo de avaliação e melhorar a capacidade de provisão de feedback aos colegas. A  avaliação por pares apresenta um enorme potencial pedagógico no ensino híbrido, por se enquadrar nas metodologias activas, e a sua relevância se fortalece quando se utiliza o recurso “Laboratório de Avaliação” da plataforma MOODLE. 

Clica aqui para ver o artigo completoarrow_forward

ESTÁ EM

ESTUDO BIBLIOMÉTRICO SOBRE A LITERATURA RELACIONADA À COVID-19 EM MOÇAMBIQUE DURANTE O ESTADO DE EMERGÊNCIA E CALAMIDADE PÚBLICA

Vagas de emprego em aberto

Com a eclosão da Covid-19, Moçambique, como um representante da África Austral, teve sua própria trajectória na produção científica relacionada à doença pandêmica. Estudos anteriores já apontavam para o crescimento de produções científicas em nações africanas (Confraria & Godinho, 2015), e a COVID-19 veio solidificar esse crescimento. Estudo revela que Moçambique apresentou o maior número de documentos académicos sobre o tema, seguido pelos Estados Unidos (EUA), Kosovo, África do Sul, Canadá, Austrália, Portugal e outros países. 

Os países envolvidos no estudo da COVID-19 em Moçambique são parcialmente os principais parceiros comerciais (Ministry of Industry and Commerce, 2016) e talvez locais onde existem estudantes moçambicanos de pós-graduação internacional que estão a escrever sobre a pandemia no seu país natal. Alguns estudos envolveram vários países, incluindo Moçambique (Brooke et al., 2020; Cortesi et al., 2022; Meta et al., 2021). Muitas publicações eram provenientes da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), do Instituto Nacional de Saúde (INS) e da Universidade Lúrio, de Moçambique, e de instituições estrangeiras como a Universidade Sul-Africana de Witwatersrand, entre outras. Existiram também publicações do Instituto Superior Moçambicano de Ciências e Educação a Distância (ISCED), agora Universidade Aberta ISCED (UnISCED).

Em 24 de Julho de 2022, Moçambique tinha 114 publicações académicas sobre COVID-19 indexadas no Dimensions. As publicações começaram em Abril de 2020 e nunca cessaram. O mês de início coincide com o período logo após o primeiro caso, a 22 de Março de 2020 (Buanango & de Oliveira, 2020; Catsossa, 2020; Mastala et al., 2020; Mulhaisse et al., 2020; Sumbana et al., 2020), e a declaração do Presidente do Estado de Emergência (Nyusi, 2020b). Devido aos meios de comunicação social internacionais, a COVID-19 já era bem conhecida em Moçambique, e havia pânico à medida que a doença se aproximava, entrando no continente a 14 de Fevereiro de 2020 através do Egipto (Buanango & de Oliveira, 2020; Giordani et al., 2021; Sumbana et al., 2020) e na África subsaariana através da Nigéria a 27 de Fevereiro (Catsossa, 2020; Mulhaisse et al., 2020; Sumbana et al., 2020), e chegando à vizinha África do Sul no início de Março de 2020 (Sumbana et al., 2020). 

Clica aqui para ver o artigo completoarrow_forward

Boletim Informativo

Quer receber as novidades da UnISCED no seu e-mail? Subscreva-se no nosso Boletim Informativo (Newsletter). É grátis, rápido e fácil. Você só precisa inserir o seu e-mail no formulário e enviar.